COMO CONTRATAR UM ARQUITETO
Teresa Guida Massa I 27/06/2017 16:09:20
 

Se você está pensando em construir, ou reformar, é fundamental pensar na escolha do profissional e saiba que, contratar um arquiteto é sinônimo de  economia e não de gasto. Fazer errado para depois se arrepender e ter que consertar é muito mais caro.

Mas, como escolher o profissional  certo? Para isto, vão aqui algumas dicas:

1 – Primeiro certifique-se se o arquiteto tem registro no CAU. Isto evitará problemas sérios mais para frente. Além disso, prestar serviço sem que esteja capacitado, ou habilitado, para tal é considerado exercício ilegal de profissão, o que já demonstra a falta de seriedade e confiabilidade do profissional.

2 – Selecione os profissionais que você gosta ou gostaria de conhecer. Peça referências. Procure conhecer o trabalho dele.

3 – Veja se tem afinidade com o profissional escolhido. Para isto, é melhor agendar uma visita sem compromisso, apenas para se conhecerem. Esta afinidade é muito importante, pois vocês conviverão por muitos meses. Ele deve te passar confiança e liberdade para colocar seus desejos e intenções. Veja se você se sente compreendido.

4 – Existem variadas modalidades de remuneração. O valor pode ser calculado sobre a área construída, percentual sobre o gasto da obra ou hora técnica. O melhor é solicitar um orçamento com as especificações dos serviços.

5 – Profissional perfeito, como tudo, não existe. O que você pode encontrar é o profissional mais adequado para o seu perfil, seu gosto e sua condição.

6 – É muito importante você ter claro o serviço que você está contratando e tê-lo documentado. Isto será uma segurança para ambas as partes.

7 – Procure a orientação dele sobre os demais projetos necessários, o andamento dos projetos e processos e de que forma seria sua assistência, ou acompanhamento, durante a obra.

8- Depois de feita a escolha, deixe o mais claro possível seus desejos e confie na orientação e criatividade do arquiteto. Procure manter a referência em você, muitas dicas e comentários de fora, na maioria das vezes, só servem para confundir e atrapalhar.

9 – Deixe claro para você e para o arquiteto suas reais necessidades, condições e possibilidades. O ideal não implica em gastos desnecessários.

10 – Toda construção bem planejada tem grandes chances de que tudo corra bem.


 

A BUSCA PELO PROJETO IDEAL
Teresa Guida Massa I 29/06/2017 11:39:17
 

Finalmente você decidiu realizar seu sonho: a construção da sua casa, que deverá ser feita sob medida para as suas necessidades! Mas como ela será? Qual será a distribuição dos ambientes? E a fachada? Que estilo terá? As perguntas vão se acumulando até que você decide procurar um arquiteto. Aquele que será o “seu” arquiteto.

O arquiteto, tal como o terapeuta, é um profissional que lida com os sonhos, os desejos e as emoções das pessoas. Este sonho pode ser fruto de uma mistura de desejo ou do reflexo de um determinado estilo de vida, da necessidade de um refúgio que proporcione aconchego, de lembranças de ambientes ou de fantasias da infância, da adolescência ou quaisquer outras que possam povoar nossa mente.

Este processo, que envolve tantos desejos e emoções, pode se tornar conflitante entre os próprios membros da família. É um processo às vezes sofrido, especialmente se for a primeira experiência do cliente com a construção. Para isto, é necessário que a família, ou os interessados, se reúnam e conversem intensamente sobre seus desejos e necessidades antes de se encontrarem com o arquiteto, para que possa ser transmitido a ele o máximo de informações deste sonho a ser por ele interpretado. a

A construção de uma casa, na maioria das vezes, é um projeto de vida que envolve, além de emoções, dinheiro e expectativas que se acumulam até a realização deste projeto.

Tudo isto, muitas vezes, gera uma grande ansiedade e medo de errar por parte dos clientes. Medo que acaba acarretando uma dificuldade de tomadas de decisões, e com isto, na procura de aliviar este sofrimento, o cliente acaba envolvendo várias pessoas  que decidirão por ele.

Com isto, o referencial, que deveria estar centrado nas suas próprias necessidades e desejos, acaba passando para outros que são alheios a outras considerações do projeto. A verdade é que nos perdemos de nós mesmos quando damos atenção demais à opinião dos outros, dificultando, cada vez mais, as tomadas de  decisões. Portanto, quanto menos pessoas estiverem envolvidas durante o desenvolvimento do projeto, mais fácil e melhor serão resolvidas as questões.

Um projeto de arquitetura é sempre complexo, onde muitas questões são avaliadas. É comum haver, muitas vezes, esta  interferência de leigos no decorrer deste processo. Devemos lembrar que, estas opiniões desconhecem os vários aspectos considerados e sempre refletem uma opinião pessoal centrada  na visão e necessidade de alguém que não é você e nem as pessoas que habitarão este espaço. Esta situação além de gerar uma grande insegurança no cliente, interrompe o andamento do processo, interfere na relação do cliente com o arquiteto e, dependendo da fase do projeto, gera aumento de custos. Portanto, é aconselhável que qualquer tomada de opinião seja feita até o primeiro estudo do projeto. Depois disso, é necessário que se estabeleça uma grande confiança e cumplicidade por parte do cliente e arquiteto onde as necessidades estarão centradas apenas nos desejos do cliente sob a orientação de um profissional especializado e preparado para isto. É com ele, que detém uma visão geral do projeto, que todas as questões deverão ser levantadas.

Este medo de errar e a procura pela solução perfeita acabam gerando grande sofrimento. Se você teme errar, acaba ficando sempre parado no meio do caminho. Nenhuma escolha implica na certeza absoluta de que optará pelo certo. O que for bom hoje, nem sempre será o bom amanhã. O importante é decidir. E a melhor pessoa para você trocar opiniões e receber orientação é o seu arquiteto.

Lembrem-se, nem sempre aquilo que é bom para o outro é necessariamente bom para nós. Devemos sempre manter as referências em nós mesmos.
O seu projeto deve refletir a forma como você e sua família são.
Juntos, procuraremos fazer o melhor por você, e para isto é necessário que haja confiança e cumplicidade.

Nosso grande  objetivo é ajudar pessoas a serem felizes.


 

A SIMBOLOGIA DA CASA
Teresa Guida Massa I 27/06/2017 16:07:20
 

 Todo homem, ao nascer, é acolhido num colo. Todo berço consiste num ninho. À medida que o ser se expande, expande junto seu espaço. Todo homem habita sua casa antes de habitar o mundo. A casa é o nosso canto no mundo, nosso primeiro universo.

Depois de ter começado a vida no colo agasalhado de sua casa, o homem descobre o exterior e é lançado ao mundo. Ao descobrir o mundo,  ele leva consigo a referência de sua casa. Esta lembrança torna-se visceral.

O exterior que representa o mundo traz consigo toda hostilidade dos homens e do universo. O “habitar” significa não estar desabrigado em um lugar qualquer num mundo tão hostil. Significa estar protegido, graças ao amparo de sua casa.

Num universo sem limites, habitar significa encontrar seu lugar neste mundo. Ter casa é ter ninho. É ter referencial. O homem identifica-se com o lugar onde habita e, sendo assim, ele passa a ser também este lugar. Ele é parte integrante do espaço onde vive, onde está unido e sustentado.

Ser dono de uma casa significa ter um lugar que o protege, que o defende das forças adversas da natureza e das incertezas da economia capitalista, satisfazendo o seu instinto de posse. Por outro lado, a habitação tem também um sentido onírico, ou seja, impulsionado por seus sonhos e significados.

O homem procura encontrar seu ninho inicial em cada moradia que, em sua imagem poética, é o lugar que o fará feliz.  Estabelece-se assim, um elo afetivo entre o homem e a casa. Assim são determinados os valores “humanos” dos espaços idealizados. A casa passa a ser a extensão de seu corpo.

Abordaremos, mais para frente, a simbologia e a importância que representa o lugar que a gente habita, ou seja, nossa casa.